quinta-feira, 28 de julho de 2011

Acompanhe a programação da Casa de Cultura Santa Tereza

Olá!

No mês de agosto de 2011 a CASA DE CULTURA SANTA TEREZA apresenta para o público a sua

programação:

A partir do dia 02 de agosto - início dos cursos e oficinas - horário - 9h às 12h - das 13h às 17h.

Dia 13 de agosto - às 20h - Show da melhor MPB, com o músico e compositor Geraldo Magela e banda.

Dia 19 de agosto - às 20h - Sarau da CASA DE CULTURA e artista convidados.

Dia 27 de agosto - às 20h - "ARTE EM CENA"

Te esperamos! Traga a família e os amigos!

Anivaldo da Cultura

domingo, 5 de dezembro de 2010

Plínio de Arruda Sampaio na Casa de Cultura

Amigas e amigos,

É com grande satisfação que convido a todas e todos a comparecerem no próximo dia 12, domingo, para o lançamento do livro "Por que participar da política?", de Plínio de Arruda Sampaio.
Plínio, que disputou a Presidência da República este ano, estará às 19:00 na Casa de Cultura, para expor suas visões sobre o Brasil de hoje e lançar o seu livro.
Maiores detalhes entrem contato!
Compareçam e tragam amigos e parentes!
Abraços
 
Anivaldo da Cultura
(11) 2807-4095

sábado, 20 de novembro de 2010

Cultura contra o racismo

Abaixo um texto sobre a importância da cultura e sua relação contra o racismo. Foi puiblicado no jornal Notícias Culturais.

Cultura e Luta contra o Racismo
Rui Polly

O discurso oficial afirma que nunca se fez tanto pela "igualdade racial" como nos últimos anos. Mas temos visto comunidades tradicionais sendo expulsas de suas terras por grandes projetos como as Usinas Hidrelétricas do Rio Madeira e de Belo Monte. Sem falar que as estatísticas mostram que ser negro ou negra no Brasil ainda significa ter salários menores, menor taxa de escolaridade, menor expectativa de vida e maior possibilidade de ser vítima da violência. E mesmo diante desses fatos o governo recuou diante dos ataques ao projeto original do 'Estatuto da Igualdade Racial'.

Esse abismo entre o discurso oficial e a realidade é uma das faces do racismo brasileiro. Um racismo perverso, porque está camuflado pela máscara da "democracia racial". Por isso a importância do dia 20 de novembro, o dia da consciência negra. Um dia de reflexão e de luta contra o racismo.

A valorização da herança cultural afrobrasileira é parte dessa luta. Uma herança presente em todos os lugares e setores da sociedade. Basta olhar para a música, a dança, a poesia e os nossos costumes. Mas essa riqueza cultural só foi preservada com muita resistência. Uma resistência que ocorreu de várias formas, muitas vezes pelo confronto, e outras por um diálogo entre culturas diferentes.

Durante os séculos em que a escravidão existiu no Brasil, os senhores brancos tentaram a todo custo atacar e eliminar os costumes, crenças, valores e memórias dos escravos trazidos à força da África. Não conseguiram por causa da resistência. Essa situação não mudou mesmo nos dias de hoje. Tentam atacar essa cultura tentando "integrar" a cultura afro-brasileira à cultura dominante. Só que as ameaças não vêm mais da chibata dos feitores, mas do poder econômico, do poder da mídia, da indústria cultural, da cooptação.

Por isso é preciso, não só no dia 20 de novembro, manter viva essa resistência. Defender essa herança cultural é parte importante da luta contra o racismo.

Preconceito e ódio escancarado na TV

É precio ter estomago, mas as afirmações preconceituosas de Luis Carlos Prates, cometarista da RBS de Santa Catarina, emissora afiliada da Rede Globo, expressam sem papas na lingua o que a elite brasileira reacionária pensa. Assistam:

http://www.youtube.com/watch?v=Vi1QbHqDESIhttp://www.youtube.com/watch?v=Vi1QbHqDESI

Refletindo sobre a agressão na Av. Paulista

Anivaldo da Cultura

Tenho certeza que a maioria viu nos noticiários o ataque covarde a um jovem ocorrido na Av. Paulista. Neste link http://migre.me/2mDp3 está disponibilizado o vídeo com as imagens da agressão captadas por uma camera de segurança. O detalhe que foi explorado pelos noticiários é o fato de que os agressores são filhos da classe média alta, o que garantiu que em pouco tempo todos eles fossem libertados mediante pagamento de fiança.

Mas as abordagens da mídia não conseguem esconder um certo espanto pelo fato de o ato bárbaro ter sido cometido por jovens da elite, com acesso a boas escolas e a valores  "civilizados" que supostamente predominariam no meio social e cultural dos agressores.

A mensagem por trás é que atos violentos e bárbaros não fazem parte desse meio social. Seriam coisa de "marginais", de jovens sem cultura, que vivem em uma realidade marcada pela violência cotidiana. Em outras, palavras, pessoas que vivem nos bairros da periferia das cidades, habitat "natural" dos traficantes e "bandidos".

Esse discurso mal disfarçado aparece toda vez que jovens de classe média estão envolvidos em crimes que chocam a opinião pública. Na realidade, nesse tipo de discurso está presente o preconceito em relação aos jovens pobres que crescem em meio à miséria e à exclusão social. A tentativa de "criminalizar" a pobreza é, no entanto, falsa. Não há relação direta entre violência e pobreza. Isso tem sido mais do que comprovado por estudos sociológicos. O problema está na desigualdade social, no preconceito que se dissemina em relação às populações excluídas cuja face mais visível está na forma como a repressão policial se abate de maneira fatal principalmente sobre jovens pobres e negros. Basta ver o massacre promovido pela polícia há alguns anos durante os ataques do PCC.

Preconceito de classe e racismo são alguns dos ingredientes determinantes desse tipo de visão que, infelizmente, ainda tem força na sociedade.

Por outro lado, não se justifica o espanto diante de atos bárbaros de jovens da elite. Lembremos do índio Galdino morto por causa de uma"brincadeira" de jovens ricos de Brasília, que resolveram se divertir atenado fogo no índio quando estava dormindo na rua. E há outros casos mais.

Ser da elite, ter acesso a boas escolas e à cultura, não significa muita coisa. Menos ainda garante que se tenha valores humanistas ou solidários. Pelo contrário, os valores da elite promovem o individualismo, o preconceito diante dos menos favorecidos, fortalece a idéia de que a medida do ser humano está nas suas posses materiais.

No caso da agressão da Av. Paulista mostra o quanto a homofobia e o machismo estão enraizados nesses jovens que, apesar de desfrutarem de condições favoráveis, compartilham idéias retrógradas, além do ódio alimentado pelo preconceito.

Ipea: 70% da população nunca foi a museu ou centro cultural

Leitura importante que mostra como o acesso desigual aos bens culturais está relacionado diretamente à desigualdade social...

Ipea: 70% da população nunca foi a museu ou centro cultural

http://migre.me/2mvzY


Cerca de 70% da população brasileira nunca foi a museus ou a centros culturais e pouco mais da metade nunca vai a cinemas, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgada nesta quarta-feira. A pesquisa tem como objetivo formular um indicador sobre a percepção da população em relação aos serviços prestados pelo Estado.
A pesquisa também revelou que 51,5% dos brasileiros nunca vão a shows de música. Contudo, 78% das pessoas ouvidas disseram assistir à TV e a DVDs todos os dias e 58,8% afirmaram ouvir música diariamente. O Ipea analisou também as barreiras para o acesso à cultura. A maioria, 71%, afirma que os preços altos são um importante empecilho ao acesso cultural.
Foi pesquisada, nas cinco regiões brasileiras, a percepção da população em relação à localização dos equipamentos e espaços culturais e sua proximidade com o local onde moram. Na região Sul, 55,3% dos entrevistados consideraram que os equipamentos culturais são mal situados; na região Sudeste, essa é a percepção de 53,8% da população; no Centro-Oeste, essa percepção atinge a 44,5% das pessoas; no Nordeste, o percentual é de 51,2%; e na região Norte, é de 43,4%.
No nível nacional, pouco mais da metade da população avaliou que os equipamentos culturais são mal situados em relação ao local onde moram. Cerca de 41% da população tem a mesma percepção em relação aos lugares públicos de encontro. Já o comércio foi apontado como bem situado por quase 60% das pessoas.
Foram avaliados ainda os espaços verdes, como praças e parques, que são percebidos como bem localizados por 30,7% dos entrevistados. Mas, para 31% deles, esses espaços foram classificados como mal situados. Os equipamentos esportivos são percebidos como mal situados por 43,2% da populaçã

Cultura para a transformação social. CulturAção.

Amig@s, abaixo editorial que escrevi para o jornal 'Notícias Culturais' da Casa de Cultura Santa Tereza. Interessante que logo após o jornal sair, vieram à tona notícias que comprovam algumas das idéias que expus...


Cultura para a transformação social. CulturAção.

Anivaldo da Cultura

Vivemos em uma sociedade desigual, marcada por injustiças de todos os tipos. O abismo que separa os mais ricos da maioria da população é enorme. Basta pensar na distribuição de renda e de riquezas e no acesso a bens e serviços públicos adequados. A situação é a mesma quando se trata da cultura.

O acesso aos bens culturais, como ocorre com todos os bens, é determinado pelo poder aquisitivo. Sem dinheiro, o acesso é limitado. E, infelizmente, ainda há muitas pessoas que acham que cultura é um luxo e não uma necessidade.   

Também há o problema das grandes dificuldades enfrentadas por artistas populares. Resistem heroicamente em uma realidade difícil para manterem seus trabalhos artísticos.

Mudar essa situação é uma tarefa permanente. E quando organizamos a I Feira de Artes do Jardim Santa Tereza essa filosofia já estava presente. Queríamos que a Feira proporcionasse à população a oportunidade de conhecer as obras de dezenas de artistas de Embu e outras regiões. Ao mesmo tempo, afirmando a Feira como um espaço para que artistas populares, bandas, poetas e dançarinos pudessem mostrar os seus trabalhos.

Já ocorreram 10 edições da Feira. E durante esse tempo a Feira se consolidou como o maior evento artístico e cultural de Embu, atraindo dezenas de milhares de pessoas todos os anos. É mais que um dia de festa, poesia, música e dança. É um dia de celebração da cultura. A Feira tornou-se uma referência importante. Cresceu, ganhou respeito e já é um patrimônio da população de Embu.

Assim, para nós a realização da 11ª Feira é uma vitória. Vitória de um projeto coletivo de transformação social através da cultura e pela cultura. De democratização do acesso à cultura e avanço na construção de espaços alternativos para os nossos artistas.


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

11ª Feira de Artes Santa Tereza! Participem!

Amigos, o dia 11ª Feira de Artes Santa Tereza está chegando. E teremos boas novidades. Leiam abaixo o press release. Para ver os palcos e suas trações, baixem o mapa da feira, clicando aqui.


11ª Feira de Artes do Santa Tereza

No dia 21 de novembro de 2010, domingo, será realizada a 11ª edição da Feira de Artes Santa Tereza em Embu das Artes. A Feira já se consolidou  como um dos maiores eventos do gênero na região, atraindo todos os anos dezenas de milhares de pessoas que desejam ter bons momentos de lazer e diversão e, principalmente, ter acesso à produção cultural de dezenas de artistas populares e alternativos.

Neste ano haverá 8 palcos montados pelas ruas do Jardim Santa Tereza.

O Palco 1 dedicado à MPB,  Palco 2 de Música Eletrônica, Palco 3 com apresentações de rock, Palco 4 de Música Brega, o Palco 5 será dedicado a atrações voltadas ao público infantil, no Palco 6 estarão se apresentando  artistas de MPB, reggae e forró, Palco 7 será dedicada à poesia e, finalmente, teremos o Palco 8 de Hip Hop. Uma novidade deste ano é o palco de Música Brega, que contará com nomes consagrados no gênero, como Angelo Máximo e Almir Rogério.

Além disso, dezenas de tendas e barracas oferecerão comida, bebida, artesanato e livros para os visitantes, que terão um dia repleto de entretenimento e cultura.

A Feira de Artes Santa Tereza é uma realização da Casa de Cultura Santa Tereza, localizada no Jardim Santa Tereza, bairro de Embu das Artes. A Casa de Cultura é uma entidade da sociedade civil, sem fins lucrativos, que luta há mais de vinte anos pela inclusão cultural e social da população do Jardim Santa Tereza e outros bairros da região. Recentemente foi contemplado como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura. A Casa oferece cursos, oficinas, shows, saraus, espetáculos de dança e outras atividades que atraem adultos, jovens e crianças.

Não estaremos equivocados se afirmarmos que não há outro evento como a Feira que tenha conseguido manter a realização anual do evento, contando basicamente com recursos próprios, além do apoio da comunidade local, do poder público municipal e empresas parceiras.

Por isso, é um evento que vale a pena conhecer. E que precisa ser divulgado como uma experiência singular na área cultural, que contribui para o esforço de democratizar o acesso da população aos bens culturais.
A Feira de Artes Santa Tereza ocorrerá no domingo, dia 21 de novembro, das 9:00 hs às 21:00 hs.
Local: Jardim Santa Tereza, Embu das Artes.

Para conhecer a Casa de Cultura Santa Tereza e a programação da Feira de Artes acesse www.casadeculturasantatereza.org.br.

Para conhecer a história da Casa de Cultura Santa Tereza: http://artenaperiferia.blogspot.com/2009/06/arte-na-periferia-um-freio-as-mazelas.html

sábado, 6 de novembro de 2010

Poder econômico e eleições

A matéria abaixo ilustra bem o peso do poder econômico nas eleições. É verdade que isso sempre ocorreu. Mas acho que não estou errado se afirmar que nestas últimas eleições os "investimentos" dos empresários foram bem maiores.
04/11/2010 - 07h52

Deputados federais eleitos gastaram R$ 9,68 por voto

http://migre.me/223Ki

DE SÃO PAULO

Os 513 deputados federais eleitos gastaram uma média de R$ 9,68 por voto para se eleger. No total, os parlamentares desembolsaram R$ 565 milhões na campanha. O custo do voto na Câmara foi três vezes e meia o valor do voto para o Senado (R$ 2,15).

O campeão em gastos foi Sandro Mabel (PR-GO), que desembolsou R$ 4,8 milhões. O valor equivale a seis vezes o que Mabel ganhará como deputado pelos quatro anos de mandato (cerca de R$ 792 mil, sem contar verbas indenizatórias e benefícios).

Os 88 deputados petistas foram os que mais gastaram, em números absolutos, entre os partidos. Foram R$ 103 milhões. A bancada mais cara, porém, é a do PMN. Os quatro deputados eleitos gastaram, em média, R$ 1,59 milhão.

Logo em seguida, aparece a do PSDB, com gasto médio de R$ 1,56 milhão para cada um dos 53 eleitos.

Campeão nacional de votos, o deputado eleito Tiririca (PR-SP) teve um dos menores gastos. Cada um de seus 1.353.820 votos custou R$ 0,50. Foram R$ 677 mil, no total, quase a metade da média nacional.

Segundo deputado mais votado do país, o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ), desembolsou bem mais: R$ 2,5 milhões, num total de R$ 3,70 por voto.

O deputado que mais gastou por voto recebido foi Edio Lopes (PP-RR), com o valor de R$ 152,14 --cerca de 15 vezes a média nacional. O voto do eleitor de Roraima para a Câmara é o mais caro entre os Estados do país: custou R$ 73,42.

O eleitor da Paraíba foi o mais "barato" entre os Estados: os 12 deputados eleitos do Estado gastaram uma média de R$ 4,06 por voto.

O voto do eleitor de São Paulo para a Câmara custou, em média, R$ 9,92 --muito próximo à média nacional.